Também conhecida como "oclusão", é um sistema complexo que se forma quando uma frente fria alcança uma frente quente. Desenvolve-se quando três massas de ar com temperaturas diferentes colidem. A oclusão pode ser quente ou fria, dependendo da interacção entre estas massas de ar. Termos relacionados: Frente Fria, Frente Quente.
Este tipo de frente ocorre quando uma frente fria se une a uma frente quente, resultando na elevação da massa de ar quente que deixa de tocar no chão. Como é que isto acontece? As frentes frias são mais rápidas do que as quentes. Assim, quando uma massa de ar quente se encontra junto a uma massa de ar frio e, por alguma razão, as duas massas começam a "empurrar-se" mutuamente, formam-se duas frentes que avançam a velocidades diferentes: uma frente quente e uma frente fria. À medida que a frente fria se vai unindo à frente quente, o ar quente vai sendo elevado até deixar de tocar o chão - o processo de oclusão.
Se quiser, podemos perceber a frente oclusa de um outro modo. Imagine uma parede - a fronteira entre as duas massas de ar - que, normalmente por causa de uma baixa pressão, é empurrada igualmente pelas duas massas de ar levando a que a parede seja repuxada em direcção ao ponto onde existe uma menor pressão. O resultado é a formação de um canto que une duas paredes - a frente fria e a frente quente. A parede da frente fria avança mais depressa do que a da quente e, no canto, as duas paredes começam a unir-se. Isto leva a que (por exemplo) a baixa pressão que iniciara este processo se acentue e continue a alimentar a frente oclusa. Como o ar frio é mais denso, quando as duas paredes se unem o ar frio empurra a massa de ar quente elevando-a completamente acima do chão - forma-se uma ilha de ar quente em altitude. Quando as duas paredes se unem completamente, o canto que havia sido formado (devido, por exemplo, à baixa pressão) desaparece e volta a haver uma parede entre as massas de ar quente e frio.
As consequências, em termos práticos, são óbvias: por um lado temos todas as nuvens e precipitação associadas a uma frente quente e, pelo outro, as associadas a uma frente fria. Enquanto as duas frentes não se unem, entre as duas o céu fica normalmente limpo numa demonstração de bom tempo. Quando as frentes se unem, deixa de existir o intervalo de bom tempo entre as duas: à chuva contínua da frente quente seguem-se imediatamente cumulonimbos da frente fria. A ocorrência de trovoadas é especialmente provável num limite entre a frente fria e a quente, antes das duas se unirem, quando acontece um choque entre a existência de pouca e muita humidade no ar.
Quais os motivos que levam a esta frente oclusa? Como apontámos por exemplo, uma frente oclusa pode acontecer devido a uma baixa pressão, causando ventos que "repuxam" parte de uma massa de ar quente que entra no território de uma massa de ar frio - esta secção "repuxada" pelo ciclone forma um canto que une duas paredes, uma que avança contra a massa de ar frio (frente quente) e outra que é elevada pela massa de ar frio (frente fria). Para além da ocorrência de um centro de baixas pressões, podem também acontecer a formação de uma crista ou canal nas linhas barométricas (que marcam as pressões atmosféricas), ou seja, uma ondulação na pressão atmosférica que causa instabilidade. Estas ondulações estão muitas vezes associadas aos ventos de altitude, nomeadamente às ondas de Rossby, assim como às frentes polares.
Fonte: http://criarmundos.do.sapo.pt/Ciencias/pesquisaclima045.html